quarta-feira, 4 de agosto de 2010 | By: Saulo Diniz Ferreira

ELEIÇÃO Pt 1 - ( Charles H. Spurgeon)


“Entretanto, devemos sempre dar graças a Deus, por vós, irmãos amados pelo Senhor, porque Deus vos escolheu desde o princípio para a salvação, pela santificação do Espírito e fé na verdade, para o que também vos chamou mediante o nosso evangelho, para alcançardes a glória de nosso Senhor Jesus Cristo” (II Tessalonicenses 2:13,14).

Em primeiro lugar falarei um pouco a respeito da veracidade dessa doutrina: “... Deus vos escolheu desde o princípio para a salvação...“

Em segundo lugar, procurarei provar que a eleição reveste-se de um caráter absoluto: Deus “... vos escolheu desde o principio para a salvação...”, não para a santificação, e, sim, “... pela santificação do Espírito e fé na verdade...”

Em terceiro lugar, a eleição é eterna, porque o texto afirma: “... Deus vos escolheu desde o principio...”

Em quarto lugar, trata-se de uma eleição de caráter pessoal: “... Deus vos escolheu...”

E, em seguida, consideraremos os efeitos dessa doutrina — avaliando aquilo que ela realiza.

E, finalmente, na medida em que formos capacitados por Deus, procuraremos examinar as suas tendências, a fim de averiguarmos se realmente trata-se de uma doutrina terrível e licenciosa, como alguns dizem. Por assim dizer, tomaremos a flor, e, à semelhança de verdadeiras abelhas, verificaremos se nessa doutrina há algum mel, se pode proceder dela algum bem, ou se ela é um mal sem mistura, não diluído.

Em primeiro lugar, procurarei provar que essa doutrina da eleição é verdadeira. E permitam-me começar com um argumento que é segundo os homens: falarei com vocês considerando suas diferentes posições e estágios de desenvolvimento. Aqui, há alguns de vocês pertencentes à Igreja Anglicana. Ora, eu sei perfeita- mente bem que vocês crêem profundamente naquilo que os [trinta e nove] Artigos declaram ser a sã doutrina. Oferecerei um exemplo daquilo que esses Artigos afirmam a respeito da eleição, de tal maneira que, se vocês acreditam realmente neles, não poderão deixar de receber a doutrina da eleição. Lerei certa porção do artigo XVII, que se manifesta sobre a predestinação e a eleição: “A predestinação para a vida é o propósito eterno de Deus mediante o qual (antes que fossem lançados os fundamentos do mundo) Ele decretou de maneira constante, através do Seu conselho secreto a nosso respeito, que livraria da maldição e da condenação àqueles a quem Ele escolhera em Cristo, dentre a humanidade, para conduzi-los à salvação eterna por meio de Cristo, como vasos destinados à honra. Em face disso, aqueles que foram dotados por Deus de tão excelente beneficio são chamados, de conformidade como propósito de Deus, pelo Seu Espírito, o qual atua no tempo apropriado, tendo em mira: que, pela graça, obedeçam a essa vocação; sejam gratuitamente justificados; sejam feitos filhos de Deus por adoção; sejam moldados segundo a imagem de Seu Filho unigênito, Jesus Cristo; andem piedosamente em boas obras; e, afinal, pela misericórdia de Deus, cheguem a bem-aventurança eterna”.

Expus esse artigo de fé diante de vocês, tão-somente para mostrar-lhes que, se vocês pertencem à Igreja Anglicana, pelo menos não quererão fazer objeção à doutrina da predestinação.

Uma outra autoridade humana, por intermédio da qual desejo confirmar a doutrina da eleição, é a antiga declaração de fé dos valdenses³. Se vocês tiverem a oportunidade de ler o credo dos antigos valdenses, que eles redigiram quando estavam sofrendo sob os ardores da perseguição, descobrirão que aqueles famosos seguidores e confessores da fé cristã davam a mais cordial acolhida e abraçavam essa doutrina, como uma porção da verdade revelada por Deus. Extrai de um livro antigo um dos artigos de fé dos valdenses: “Que Deus salva da corrupção e da condenação aqueles a quem escolheu desde antes da fundação do mundo, não por causa de qualquer disposição, fé ou santidade que Ele tenha previsto neles, mas por motivo de Sua pura misericórdia, em Cristo Jesus, Seu Filho, deixando de levar em conta quaisquer outras considerações, segundo a irrepreensível razão de Sua própria livre vontade e justiça”.

Portanto, não estou pregando aqui nenhuma novidade; nenhuma doutrina nova. Gosto imensamente de proclamar essas antigas e vigorosas doutrinas, que são conhecidas pelo cognome de calvinismo, mas que, por certo e verdadeiramente, são a verdade de Deus, a qual nos foi revelada em Jesus Cristo. Por meio dessa verdade da eleição, faço uma peregrinação ao passado, e, enquanto prossigo, contemplo pai após pai da Igreja, confessor após confessor, mártir após mártir levantarem-se e virem apertar minha mão. Se eu fosse um defensor do pelagianismo, ou acreditasse na doutrina do livre-arbítrio humano, então eu teria de prosseguir sozinho por séculos e mais séculos em minha peregrinação ao passado. Aqui e acolá, algum herege, de caráter não muito honrado, talvez se levantasse e me chamasse de irmão. Entretanto, aceitando como aceito essas realidades espirituais como o padrão de minha fé, contemplo a pátria dos antigos crentes povoada por numerosíssimos irmãos; posso contemplar multidões que confessam as mesmas verdades que defendo, multidões que reconhecem que essa é a religião da própria Igreja de Deus.

Também quero apresentar a vocês um extrato da antiga confissão batista. Nesta congregação, somos batistas — ou pelo menos a maioria de nós o é — e gostamos de averiguar o que os nossos predecessores escreveram. Cerca de duzentos anos atrás, os batistas se reuniram e publicaram os seus artigos de fé, a fim de que se pusesse um ponto final em certos rumores que atacavam a ortodoxia deles, rumores esses que já tinham dado volta ao mundo. Abro agora este antigo livro, e encontro o seguinte terceiro artigo: “Por decreto de Deus, tendo em vista a manifestação de Sua glória, alguns homens e anjos foram predestinados ou ordenados de antemão para a vida eterna, por meio de Jesus Cristo, para louvor de Sua gloriosa graça; e, quanto aos demais, foi-lhes permitido continuarem em seus pecados, tendo em vista a sua justa condenação, para o louvor da gloriosa justiça divina. Esses anjos e homens, assim predestinados e ordenados com antecedência, foram particular e imutavelmente designados, e o seu número foi determinado de maneira tão certa e definida que esse total não pode ser nem aumentado e nem diminuído. No caso daqueles membros da humanidade que foram predestinados para a vida, Deus, antes de serem lançados os fundamentos do mundo e de conformidade com o Seu eterno e imutável propósito, bem como de acordo com o secreto conselho e beneplácito de Sua vontade, escolheu em Cristo, para a glória eterna e com base em Sua pura graça gratuita e em Seu amor, sem que houvesse qualquer outra consideração na criatura, como condição ou causa que O tivesse impelido a isso, aqueles a quem assim o quis”.

Não obstante, no que concerne a esses testemunhos humanos autoritativos, não me importo nem um pouquinho sequer com eles. Não me interessa o que esses testemunhos afirmam, em favor ou contra a doutrina da eleição. Tão-somente lancei mão deles como uma espécie de confirmação para a vossa fé, a fim de mostrar a vocês que, embora eu possa ser acusado de ser um herege ou um hipercalvinista, em última análise, o testemunho mesmo da antiguidade está me prestando o seu apoio.

Se um mero punhado de nós postar-se na defesa inarredável da soberania do nosso Deus, ainda que sejamos cercados por muitos inimigos, até por nossos próprios irmãos, os quais deveriam ser nossos amigos e ajudadores, nada disso nos abalará, contanto que possamos contar com o apoio do passado. O nobre exército de mártires, as gloriosas hostes de confessores, esses serão os nossos amigos; e o próprio testemunho da verdade manifestar-se-á em nosso favor. Ora, contando com aliados assim, jamais poderemos dizer que estamos sozinhos; bem pelo contrário, poderemos exclamar: “Eis que o Senhor reservou sete mil homens que não dobraram joelhos diante de Baal” (veja Romanos 11:4). Porém, o fator mais importante de todos é que Deus está conosco.

As grandes verdades sempre se encontram na Bíblia, exclusivamente na Bíblia. Vocês não acreditam em qualquer outro livro além da Bíblia, acreditam? Se eu pudesse provar aquilo que afirmo, com base em todos os livros da cristandade; se eu pudesse voltar no tempo e achar provas na biblioteca de Alexandria, mesmo assim vocês não acreditariam nesta doutrina mais do que antes; mas por certo vocês darão crédito ao que diz a Palavra de Deus.

Selecionei alguns poucos textos para serem lidos a vocês. Quando temo que vocês possam desconfiar de alguma verdade, gosto de apresentar uma série inteira de passagens da Bíblia, a fim de que vocês se sintam por demais impressionados para duvidarem, se porventura realmente não acreditam em tal verdade. Tão-somente permitam-me examinar uma série de trechos bíblicos, onde os crentes são chamados de eleitos. Naturalmente, se as pessoas estão sendo chamadas de eleitas, não se pode duvidar que deve haver uma eleição. Se Jesus Cristo e os Seus apóstolos estavam acostumados a designar os discípulos pelo título de eleitos, então certamente devemos crer que é isso que eles são, porque, de outra maneira, tal vocábulo não significaria coisa nenhuma.

Jesus Cristo declarou: “Não tivesse o Senhor abreviado aqueles dias, e ninguém se salvaria; mas, por causa dos eleitos que ele escolheu, abreviou tais dias”. E também: ”... pois surgirão falsos cristos e falsos profetas, operando sinais e prodígios, para enganar, se possível, os próprios eleitos”. E ainda: “E ele enviará os anjos e reunirá os seus escolhidos dos quatro ventos, da extremidade da terra até a extremidade do céu” (Marcos 13:20, 22 e 27). “Não fará Deus justiça aos seus escolhidos, que a ele clamam dia e noite, embora pareça demorado em defendê-los?” (Lucas 18:7). Juntamente com esses, muitos outros trechos bíblicos poderiam ser selecionados, onde aparecem palavras como “eleitos”, “escolhidos”, “conhecidos de antemão” ou “destinados”, ou então onde aparece alguma expressão como “minhas ovelhas”, ou alguma designação similar, demonstrando que o povo de Cristo é distinguido do resto da humanidade.

Porém, vocês devem possuir suas próprias concordâncias bíblicas, e não precisarei perturbá-los com muitos textos. Em todas as epístolas dos apóstolos, os santos são
continuamente chamados de “os eleitos”. Na epístola aos Colossenses, encontramos Paulo asseverando: “Revesti-vos, pois, como eleitos de Deus, santos e amados, de temos afetos de misericórdia..." (3:12). Quando Paulo escreveu a Tito, designou a si mesmo nestes termos: “Paulo, servo de Deus e apóstolo de Jesus Cristo, para promover a fé que é dos eleitos de Deus (Tito 1:1). E, referindo-se aos crentes, o apóstolo Pedro estipula: “...eleitos, segundo a presciência de Deus Pai” (1 Pedro 1:2). E então, se vocês examinarem os escritos de João, descobrirão que ele apreciava muitíssimo esse vocábulo. Declara ele: “O presbítero à senhora eleita (II João 1). E também refere-se aos ... filhos da tua irmã eleita... (II João 13). E, por semelhante modo, sabemos onde é que está escrito: “Aquela que se encontra em Babilônia, também eleita, vos saúda...” (1 Pedro 5:13). Não, durante aqueles primeiros dias, os crentes não se envergonhavam de usar essa palavra; e nem receavam falar a respeito da ideia por ela representada.

No entanto, nestes nossos dias, tenho que admitir, esse vocábulo tem sido revestido de certa diversidade de significações, e muitas pessoas têm mutilado e manchado essa doutrina da eleição, de maneira tal que a têm transformado numa autêntica doutrina de demônios. E muitos daqueles que atualmente se chamam de crentes, bandearam-se para as fileiras dos antinomianos. A despeito de tudo isso, por qual motivo haveríamos de sentir vergonha dessa ideia, ainda que os homens a tenham distorcido? Amemos a verdade de Deus quando ela está sendo atacada, tanto quando ela está sendo aceita. Se por acaso houve algum mártir a quem já amávamos antes dele ser submetido à tortura da roda, deveríamos amá-lo mais ainda depois que ele já foi esticado e torturado ali. Quando a verdade de Deus é submetida às pressões, não devemos taxá-la de falsa. Gostamos devera verdade de Deus quando ela está sendo submetida a alguma provação, porque então podemos discernir qual é a exata proporção que ela teria se não tivesse sido distorcida e torturada pela crueldade e pelas invenções astuciosas dos homens.

Trecho Retirado do Sermão de Charles H. Spurgeon – Eleição.
Por Saulo Diniz Ferreira – Brasília DF

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4 comentários:

djsmith disse...

Podemos entender a predestinação como uma pré ordem, uma ordenação da parte de Deus como preceito como no texto "Mas falamos a sabedoria de Deus, oculta em mistério, a qual Deus ordenou antes dos séculos para nossa glória" (1 Corintios 2.7).
Como o Dr. Spurgeon disse, o conceito de predestinação foi adulterado nos últimos séculos, pois facilita a idéia de que uma pessoa pode fazer o que quiser durante sua vida, não seguir a Cristo nem aceitar sua morte de cruz e ainda sim ser "Eleito" e por conseguinte herdar a salvação pois ele havia sido predestinado.
"Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas: Ao que vencer, dar-lhe-ei a comer da árvore da vida, que está no meio do paraíso de Deus." (Apocalipse 2 : 7)
Isto significa que devemos lutar até o fim, derrubando a outra teoria de que uma vez salvo salvo para sempre.

Gipsyco disse...

Paz de CRISTO

Assunto: Dando procedimento ao seu pedido e conforme registado no texto abaixo.


"

Olá irmão

recebi e li seu e-mail e tive meditando sobre sua opinião no dia de ontem, e hoje venho te responder ao e-mail, porém pedir que você compartilhe sua opinião no blog para que possa contribuir e também outras pessas acrescentar.

Aguardo! sendo assim, até logo

Saulo
http://sociedadedosprofetas.blogspot.com/

"




Meu caro irmao


Antes de mais, que JESUS o abençoe


Não compreendo a razão de se insistir tanto quanto a essa questão. Me diga, qual a vantagem de saber se sou ou não, salvo de antemão?
Se sou, nada posso fazer, se nao o sou, ora, continuo a ser salvo agora que sou de CRISTO . Portanto, somos sempre de CRISTO, quer se creia de uma forma ou de outra; somos salvos, quer por predeterminaçao ou por escolha em seguir a CRiSTO tendo-o aceitado como Redentor.

Essa questão arrasta nossa energia, sem qualquer valor para isso.

Agora, isto , caso DEUS não veja nessa doutrina algo mais grave ainda, do que somente o desviar de tempo e recursos humanos para algo fútil...

O seu bom Nome está sendo exaltado com a doutrina da predeterminação? Vejamos primeiro: Sua Palavra esta sendo bem interpretada?- é que a salvação é pela fé e graça, não pela predeterminação. De DEUS vem a Graça, do crente vem o crédito.

Mais: quem dá o crédito, abre a porta, e recebe como recompensa o dom da Fé- que é ter segurança para vencer a insegurança dada somente pelo raciocínio dos pensamentos humanos. A fé é uma Intuição sobrenatural, enxertada no crente, conforme a sua entrega, sua abertura... da "porta", que é o coração.

VS

Saulo Diniz Ferreira disse...

Caro Vitor

Segue a continuação do Post em http://sociedadedosprofetas.blogspot.com/2010/08/abuso-da-doutrina-da-graca-que-leva-uma.html para enriquecer sua participação e completar o argumento.

Talvez você não devesse falar por todos "Essa questão arrasta nossa energia", fazendo julgamento de que todos devem pensar como você. Mas, não posso falar em julgar, pois por algumas vezes tenho te julgado um supercrente que rasga partes da biblia dizendo "isso é proveitoso!" ou "isso não é!" e se me permite usarei um trecho dela e espero que você tenha esses dois versículos em sua parte boa do que se deve acatar. 2 Tm 3:16-17 "Toda a Escritura é divinamente inspirada, e proveitosa para ensinar, para redargüir, para corrigir, para instruir em justiça; Para que o homem de Deus seja perfeito, e perfeitamente instruído para toda a boa obra".

Mas, apresento o restante e espero que o irmão leia e oremos ao Espirito Santo para que Ele nos ensine não é mesmo, pois o que adianta sermos eruditos mortos sem seu poder revelador.

Em Cristo

Saulo

Gipsyco disse...

"Caro Vitor
(...)

Talvez você não devesse falar por todos "Essa questão arrasta nossa energia",

(...)"- Eu constato que ha um desperdicio de tempo sempre que se entre/a nesta mnateria, cf.:"genealogia SEM FIM".



"fazendo julgamento de que todos devem pensar como você."- Desculpe-me, mas, donde retiras essa ideia, caro irmao???

"Mas, não posso falar em julgar, pois por algumas vezes tenho te julgado um supercrente que rasga partes da biblia dizendo "isso é proveitoso!" ou "isso não é!" - De onde me conheces, irmao? desculpa, mas eu nao me lembro de que hajamos nos conhecido, nem me lembro de ter ido ainda ao Brasil.Terei dado qualquer informaçao a meu respeito ou que lhe permitisse, com tacto, aferir quem sou ou como sou ou serei; terei lhe passado 2 ou mesmo 3 mails, sera por ai?...
Desculpe, irmao, mas nao o consigo Percebe-lo.


Posto O enquadramento.
Posso sugerir que visites o Forum dos Internautas Cristaos, onde eu apresento, democraticamente minhas ideias acerca desse tema .
As argumentaçoes que faz no novo texto postado neste blog, começam mal,e desencorajam e possivelmente ofendem os defensores da nao-predeterminaçao. De resto, confesso que nao tive coragem de ler aquilo...
o texto esta ... .. extenso e requer uma energia que nao tenho gosto em despender, face, desde logo, ao caracter do começo dele...

Mas, em todo caso, fique com o meu apreço de irmao, que preza sua fe e humildade em reconhecer que precisamos sempre da revelaçao de DEUS para nos orientar na nossas convicçoes, sejam elas quais forem.

Digo porem isto: nao serao os predeterministas que se entregam ao predeterminismo? ao "deixa andar"? mesmo ao desleixe?! no cristianismo e no evangelismo... pois que o que quer que façam nao depende , em nada , de si mesmos!
Eu nao apendi assim. Eu acho que temos de lutar: pois largo e o caminho que leva a perdiçao e poucos sao os que se salvam, tendo pois que porfiar por entrar na porta estreita, pregar dentro e fora de tempo, esperando com a mansidao e sofrimento que convem ao santo, que a semente germine no coraçao dos incredulos e perdidos que , a seu tempo podem mudar de opiniao.

Ja perdi muito tempo com esta materia, mas se for essa a Vontade do Soberano...

Acho que quem cre no predeteminismo nada tem a perder ou a ganhar, para o reino de DEUS, (na logica subsequente de sua perspectiva), em defender sua convicçao predeterminista (ou outra qualquer...); mas ja´ os que confiam na Graça e na Fe e na luta e no poder da escolha e no amor que escolhe amar a DEUS acima de tudo e etc... sentem-se violados quando interpelados por essa questao Futil, que nao motiva, MAS DESMOTIVA PSICOLOGICAMENTE, para um bom combate: leva o crente a um "adormecimento" ou mesmo a um desleixe na fe, pois, de que vale o maior ou menor animo? de que vale eu chorar pelas almas? eu lutar pela salvaçao delas (nao que nos a possamos salvar, mas porque o Seu ESPIRITO, e a Sua Palavra nos pedem tempo e espaço na nossas vidas para lutar espiritualmente por tais almas... e a recompensa de cada um, das obras que permitiu que DEUS fizesse em seu corpo, vira a seu tempo, seja na terra, seja no ceu.

Portanto, a coisa que me pode levar a lutar contra a doutrina da predeterminaçao, a perder energia contra ela, e´ a ira que sinto contra um erro que torna as almas dos crentes frias por desleixe....

Quantas vezes DEUS nos da a conhecer a possibilidade de escolha? e se ELE sabe o que vem no futuro, e´ por sua inteligencia, nao por sua predeterminaçao. Claro, coisas ha que sao predeterminadas, mas a Verdade liberta para que possamos escolher o nosso "caminho"- ha sempre pelo menos 2 possi´veis.



+++

CRIStO nos abençoe.

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