terça-feira, 16 de agosto de 2011 | By: Saulo Diniz Ferreira

Aspectos da Santidade I - A fé somente santifica?



Durante um bom numero de anos experimentei a convicção de que a santidade prática é a completa entrega ao Deus de nosso ser não estão sendo entendidas. A piedade foi asfixiada pelo mundanismo, a devoção pessoal a Cristo dificilmente existem e as normas de vida cristã fora relaxadas. A importância de "serem ornamento da doutrina de Deus, nosso Salvador. " (Tito 2:10) foi esquecida.

É inútil professar uma boa doutrina evangélica a menos que venha acompanhada de uma vida santa. A falta de sinceridade de professar ser cristão que crê na Bíblia mas não vive uma vida santa logo é percebida como uma descompostura que acarreta desprezo para nossa religião.

No entanto, é de suma importância que entendamos o tema em sua totalidade à luz do ensino da Bíblia. Minha intenção nesse livro é tratar de explicar o que a Escritura realmente ensina sobre o tema. E já que existe várias ideias errôneas a respeito que são ensinadas por algumas pessoas, começo por alertá-los acerca desses erros.

I. É sábio ensinar, como o fazem alguns, que a santidade dos crentes vêm por fé somente, e de nenhuma maneira pelo esforço pessoal do crente?

Nenhum cristão bem instruído jamais negará que a fé em Cristo é o principio de toda santidade. Enquanto não creiamos Nele, não temos nenhuma santidade absolutamente. Porem, a Escritura nos ensina verdadeiramente que o crente necessita aplicar um esforço nessa matéria, junto com sua fé. O mesmo apóstolo que escreveu: "a vida que agora vivo na carne, vivo-a na fé do Filho de Deus" (Gálatas 2:20) também escreveu: "Antes subjugo o meu corpo, e o reduzo à servidão,"(1 Coríntios 9:27). Em outras partes lemos: "purifiquemo-nos de toda a imundícia da carne e do espírito" (2 Coríntios 7:1); "Procuremos"(Hebreus 4:11) "corramos com paciência" (Hebreus 12:1).

De acordo com o ensino da Escritura, há uma diferença entre como a fé nos justifica e como ela nos santifica. A fé que justifica é uma graça que simplesmente confia, repousa, e se apoia em Cristo (Romanos 4:5). Todos os que simplesmente creem, são justificados. A fé santificadora é uma graça que, como a mola de um relógio, move o crente até a santidade; "nem a circuncisão nem a incircuncisão tem valor algum; mas sim a fé que opera pelo amor".(Gálatas 5:6) O Novo Testamento não fala em nenhum lugar de "santidade por fé". Se bem é certo que nos é dito que somos justificados pela fé sem as obras da lei, em nenhuma parte nos é dito que somos santificados sem as obras da lei. Pelo contrário, aprendemos que "Assim também a fé, se não tiver as obras, é morta em si mesma." (Tiago 2:17).

Justificação: Justificar a uma pessoa é declarar que essa pessoa é justa. É uma palavra legal, isto é, está vinculada com as cortes de justiça - um juiz justifica a uma pessoa, declarando que essa pessoa é justa. Deus justifica aos crentes sobre a base do que Jesus fez por Seu povo.

traduzido de: Allan Roman
De: Bispo J.C.Ryle
Por: Saulo Diniz Ferreira - Goiânia GO

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quinta-feira, 28 de julho de 2011 | By: Saulo Diniz Ferreira

Morre aos 90 anos o teólogo John Stott , um dos mais respeitáveis clérigos da atualidade.


John Robert Walmsley Stott
27 de abril de 1921 – 27 de julho de 2011


Faleceu hoje, 28/07/2011, aos 90 anos de idade, o teólogo britânico John Stott. Uma lenda viva. Escreveu seu nome na história como presidente do comitê que elaborou o Pacto de Lausanne, em 1974. Há mais de três décadas, Stott dedica, todos os anos, três meses para viajar pelo mundo, dando atenção especial às igrejas localizadas em regiões onde o cristianismo é minoria.

Em 1982, fundou o London Institute for Contemporary Christianity, do qual hoje é presidente honorário. Escreveu mais de 40 livros, entre outros: Ouça o Espírito, ouça o mundo, A Cruz de Cristo, Por que sou cristão e Cristianismo Básico - este um best-seller com mais de 2,5 milhões de cópias vendidas e traduzido em centenas de línguas.

John Stott, anglicano, era considerado uma das mais expressivas vozes da igreja protestante. Billy Graham, fundador da Christianity Today chamou John Stott de "o mais respeitável clérigo no mundo hoje".


Em 2009, John Stott recebeu Christianity Today em sua casa, em Londres, para uma entrevista. A seguir, reproduzimos um pequeno trecho desta conversa:

CRISTIANISMO HOJE – O que mudou na Igreja Evangélica ao longo de seu ministério?

JOHN STOTT – Fui ordenado há 64 anos e lembro que, quando comecei, os evangélicos eram uma minoria desprezada e rejeitada. Desde então, vi o movimento evangélico crescer em tamanho, maturidade, e, com certeza, em erudição. Em termos de influência, saímos de um gueto e nos colocamos em posição de predomínio, um lugar muito perigoso.

Qual é o perigo?
O orgulho é o perigo que está sempre presente e que se coloca diante de nós. Em muitos aspectos, é bom sermos desprezados e rejeitados. Penso nas palavras de Jesus: “Ai de vocês, quando todos falarem bem de vocês”.

Provavelmente, ninguém conhece mais a Igreja ocidental do que o senhor. Faça uma avaliação sucinta dela.
Vejo crescimento sem profundidade. Ninguém contesta o crescimento imenso da Igreja – mas esse processo tem sido, em grande escala, numérico e estatístico. O crescimento do discipulado não tem sido equivalente ao aumento dos números.

O que a Igreja precisa fazer para alcançar a sociedade pós-cristã e secularizada do século 21?
Acredito que essas pessoas que taxamos como seculares se lançam à busca de pelo menos três coisas. A primeira é transcendência. Cada vez mais gente procura alguma coisa além do que vive e vê. A segunda é a busca de significado. Quase todo mundo procura sua identidade pessoal, quer encontrar o sentido da vida. Isso desafia a qualidade de nosso ensino cristão de que os humanos são criados à imagem de Deus. E a terceira coisa que todos andam buscando é comunhão, relacionamentos de amor. Gosto muito do que está escrito em I João 4.12: “Ninguém jamais viu a Deus; se amarmos uns aos outros, Deus permanece em nós, e o seu amor está aperfeiçoado em nós.”


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sexta-feira, 15 de abril de 2011 | By: Saulo Diniz Ferreira

Confie e se entregue - 14/04/2011


Segue o Link com a palavra "Confie e se entregue" ministrada no dia 14/04/2011 por Pb. Saulo Diniz em um Culto na Bola de Neve Church - Goiânia GO. Façam o Download e sejam abençoados, também divulguem esse link para que outras pessoas também sejam!

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Para baixar: Clique no link acima, observe que ao abrir a pagina aparece uma contagem regressiva de 50 segundos e contanto... Espere acabar a contagem e clique em "Download Comum" e quando abrir uma janelinha clique em "salvar". Salve e espere terminar o download. Boa palavra!

Após ouvir essa palavra assistam também esse video: Testemunho de Dona Dirce Passos - Uma mulher de fé inabalável Tenho certeza que sua confiança em Deus diante das circunstâncias vão mudar.
terça-feira, 12 de abril de 2011 | By: Saulo Diniz Ferreira

A porta estreita - 27/02/2011


Segue o Link com a palavra ministrada no dia 27/02/2011 por Pb. Saulo Diniz em um Culto na Bola de Neve Church - Goiânia GO. Façam o Download e sejam abençoados, também divulguem esse link para que outras pessoas também sejam!

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sexta-feira, 8 de abril de 2011 | By: Saulo Diniz Ferreira

Culto de Casais - 12/03/2011


Segue o Link com a palavra ministrada no dia 12/03/2011 por Pr. Vinícius e Lorena em um Culto de Casais na Bola de Neve Church - Goiânia GO. Façam o Download e sejam abençoados, também divulguem esse link para que outras pessoas também sejam!

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Por Saulo Diniz Ferreira - Goiânia GO
segunda-feira, 14 de março de 2011 | By: Saulo Diniz Ferreira

[Catástrofe no Japão] John Piper – Tsunami e Arrependimento


Este artigo foi escrito na época do Tsunami da Indonésia em 2004/2005.
Contudo o aviso nele escrito torna-o necessário e atual.
Tsunami e Arrependimento


Dos púlpitos para os jornais televisivos, do New York Times ao Wall Street Journal, a mensagem dos tsunamis foi perdida. É uma dor dupla quando vidas se perdem e lições não são aprendidas. Toda calamidade mortal é um misericordioso chamado de Deus aos vivos para se arrependerem. A Bíblia diz: “Chore com os que choram”. Sim, mas deixe-nos chorar também pela nossa própria rebelião contra o Deus vivo. Primeira lição: chore pelos mortos. Segunda lição: Chore por vocês mesmos.

Toda calamidade mortal é um misericordioso chamado de Deus aos vivos para se arrependerem. Foi a impressionante declaração de Jesus para aqueles que lhe trouxeram notícias calamitosas. A torre de Siloé tinha caído, e 18 pessoas foram esmagadas. “E quanto a isso, Jesus?” eles perguntaram. Ele respondeu, “Vocês pensam que eles foram mais culpados do que os homens que habitam em Jerusalém? Não, eu digo a vocês; antes, se vocês não se arrependerem, todos de igual modo perecerão.” (Lucas 13:4-5) O ponto de toda calamidade mortal é esse: Arrependimento. Que nossos corações sejam quebrados, pois Deus significa tão pouco para nós. Contristemo-nos porque Ele é um bode expiatório para ser culpado pelo sofrimento, mas não adorado por prazer. Lamentemos porque se fazem manchetes somente quando o homem zomba de Seu poder, mas não há notícias de 10.000 dias de ira contida. Vamos rasgar nossos corações, pois amamos mais a vida do que a Jesus Cristo. Vamos nos lançar na misericórdia de nosso Criador. Ele a oferece a nós através da morte e ressurreição de seu Filho.

Esse é o ponto de todo o prazer e todo o sofrimento. O prazer diz: “Deus é assim, só que melhor; não façam um ídolo de mim. Eu só estou apontando para ele.” O sofrimento diz: “O que o pecado merece é isso, só que pior. Não se ofenda comigo. Eu sou um aviso misericordioso.”

Mas as banhistas de topless, em meio às conseqüências do tsunami em Phuket, Tailândia, não entenderam a mensagem. Nem o homem que escapou da poderosa onda com a ajuda de um trepa-trepa e um telhado de palmeira. Ele concluiu: “Eu fui deixado ali com um imenso respeito pelo poder da natureza”. Ele errou. O ponto é: reverência pelo Criador, e não respeito pela criação. [Nota: O ponto teológico de John Piper permanece o mesmo, mas note que a citação foi erroneamente truncada pela Associated Press. O sr. Green realmente viu e disse a verdade, e foi citado de forma incompleta pela fonte de John Piper. Para ver o pedido de desculpas de John Piper a Patrick Green, leia"A Letter from John Piper" - "Uma Carta de John Piper."]
Escrevendo no The New York Times, David Brooks despreza justamente a celebração da força da natureza: “Quando Thoreau [celebra] a imensidão selvagem da natureza, ele soa, esta semana, como um garoto que viu um filme de guerra e pensa que experimentou a glória do combate. “Mas Brooks não vê nenhuma mensagem na calamidade: “Este é um momento para sentir profunda tristeza, pelos mortos e por aqueles de nós que não têm explicação.”

David Hart, escrevendo no Wall Street Journal, segue Brooks e pronuncia: “Nenhum cristão está liberado para expressar odiosas banalidades sobre conselhos inescrutáveis de Deus ou sugestões blasfemas de que isto serve misteriosamente para os bons propósitos de Deus.”
Estas respostas estão previstas na Escritura: “Os vossos jovens matei à espada… contudo não vos convertestes a mim, disse o SENHOR.” (Amos 4:10). “E blasfemaram o nome de Deus, que tem poder sobre estas pragas; e não se arrependeram para lhe darem glória.” (Apocalipse 16:9)

Contrárias ao pronunciamento de Hart, as Escrituras Cristãs, de fato, nos autorizam a falar dos “conselhos inescrutáveis” de Deus e como Ele trabalha em todas as coisas para misteriosos propósitos bons. Chamar isso de banal e blasfemo é como um pássaro chamar o vento sob suas asas de perverso.
Jesus disse que o menor evento na natureza está sob o controle de Deus. “Não se vendem dois passarinhos por um ceitil? E nenhum deles cairá em terra sem a vontade de vosso Pai.” (Mateus 10:29). Ele disse isto para dar esperança a quem seria morto por seu nome.

Ele próprio andou sobre o mar e parou as ondas com uma única palavra (Marcos 4:39). Mesmo que a Natureza ou Satanás desencadeasse a onda mortal, uma palavra de Jesus a teria parado. Mas Ele não fez isso. Isto significa que há um desígnio neste sofrimento. E todos os seus desígnios são sábios, justos e bons.

Um de seus desígnios é o meu arrependimento. Por isso eu não vou colocar Deus em julgamento. Eu estou em julgamento. Somente por causa da vontade de Cristo é que as ondas que um dia me levaram embora, agora me trazem em segurança para o Seu lado. Venha. O arrependimento é um bom lugar para se estar.

De John Piper. © Desiring God. Website: desiringGod.org
Por Saulo Diniz Ferreira - Goiânia GO
Tradução: Voltemos ao Evangelho.

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quinta-feira, 13 de janeiro de 2011 | By: Saulo Diniz Ferreira

POR QUE QUEREMOS UMA IGREJA GRANDE ?


“Afinal de contas, quem é Apolo? E quem é Paulo? Somos somente servidores de Deus, e foi por meio de nós que vocês creram no Senhor. Cada um de nós faz o trabalho que o Senhor lhe deu para fazer: Eu plantei, e Apolo regou a planta, mas foi Deus quem a fez crescer. De modo que não importa nem o que planta nem o que rega, mas sim Deus, que dá o crescimento”.
[I Coríntios 3:5-7] - NTLH


Ao início de cada ano quase sempre se desnuda sonhos de grandes projetos que por vezes caracterizam momentos de renovação de empolgantes desafios. No âmbito eclesiástico não é diferente, pois aos rumores de um novo ano logo se inicia uma saga para reafirmações de grandes ideais, mirabolantes planejamentos e apoteóticas estratégias de liderança. Entretanto, intencionalmente contrário à natureza do ser Igreja, porém sutilmente imperceptível aos olhos das massas da cristandade, vários recônditos evangélicos apresentam projetos anuais que se satisfazem exaustivamente e exclusivamente sob a premissa de fazer a minha igreja crescer numericamente – mesmo que tais postulados venham trajados com máscaras de amor, espiritualidade e incentivo. Portanto, se você não é um daqueles papagaios de piratas, mas estranhamente é um daqueles extintos seres que ousam pensar, então, já deve ter se perguntado: Por que queremos uma igreja grande?

O problema em questão não reside no fato de uma igreja ser grande, mas sim entender o porquê algumas igrejas pequenas se sentem tão erradas e inferiorizadas ao ponto de se venderem à corrupção, desviarem da Verdade e barganharem a salvação – tudo para ter o sucesso dos grandes. Ao que parece a lógica do capitalismo penetrou nos seios eclesiásticos brasileiros e fez dos cristãos seres insaciáveis, descomedidos, ambiciosos e apaixonados pela grandeza – contrariando ao ensino de Paulo (cf. Fp. 4:6-13). Então, para se atingir o objetivo, ter uma megaigreja, muitos demonizam o pecado para amedrontar as massas, supervalorizam as autoridades eclesiais para evitar questionamentos, mistificam o dízimo para financiar os caríssimos templos e criam mantras positivistas acerca da vitória para que o povo continue acreditando na Terra do Nunca. Portanto, é necessário que sejamos sinceros e questionemos nossas mais profundas intenções a fim de responder: Por que queremos uma igreja grande?

A resposta desta inquietante pergunta circunvizinha pelo menos dois questionamentos: 1) O ter uma igreja grande seria o fiel da balança para determinar quem está certo e quem está errado? Tal postulado revela uma perspectiva sombria de algumas lideranças que se rebelaram contra suas igrejas de origem e, então, pensam que se tiverem mais membros do que a antiga igreja isto demostrará que eles estavam certos e os outros errados – a reciproca é verdadeira – daí ambas as igrejas travam um duelo descomunal e brutal. Tristemente, estes megalomaníacos eclesiásticos que tentam se autoafirmar perante outros homens por meio da altivez dos templos só estão tentando compensar o orgulho ferido, o rancor abafado e saciar o desejo de vingança – premissas estas nada cristãs. O desejo de rotular uma igreja de errada pode esconder intenções frívolas de corações que precisam de arrependimento e perdão. Para estes que vivem a fé para fazer suas igrejas crescerem se esquecem de que o que define se uma igreja está certa ou errada não é a grandeza, mas sim a fidelidade bíblica, o discurso cristocêntrico e a amável fraternidade cristã.

Há ainda a necessidade de se questionar as intenções com outra pergunta preliminar: 2) O ter uma igreja grande é o que autenticará a espiritualidade dos cristãos como verdadeira ou falsa? O cristianismo bíblico sempre mostrou uma espiritualidade mais pessoal do que coletiva (cf. Mt. 6:1-18). Sendo assim, seria no mínimo estranho aceitar que os tupiniquins possam arbitrar um espiritrômetro capaz de mensurar, hierarquizar e autentificar a espiritualidade, ainda mais tendo como critério os metros quadrados de um edifício de igreja. O Carpinteiro nunca precisou de grandes construções para exalar espiritualidade, um monte distante da cidade ou um barco de pescador a beira do Mar da Galiléia era suficiente. Não é a grandeza do local de culto que determina a ação de Deus, mas sim a soberana vontade do supremo Criador, dono de tudo e Senhor de todos, quer sejam grandes ou pequenos. Os que gostam de medir espiritualidade quase sempre são apaixonados por megatemplos, pois estes tentam compensar a insolidez da sua fé com a solidez dos tijolos das construções. Estes esquecem que: “O Deus que fez o mundo e tudo que nele há, sendo Senhor do céu e da terra, não habita em templos feitos por mãos de homens”At. 17:24.

Ao se fazer as duas perguntas nos parágrafos anteriores percebe-se que podem ter intenções pseudocristãs ao desejar uma igreja grande. Esta neurose pelo crescimento ainda engloba outros problemas, que são fortes mitos acerca de uma igreja grande, a saber: Ter uma igreja grande tornará os membros mais participativos e envolvidos no ministério. Se isto for verdade, então, temos um sério problema de caráter cristão, pois pessoas que se motivam por multidões não merecem credibilidade ministerial, além de serem volúveis. Contrariando o que o senso comum imagina, na maioria das megaigrejas o índice de espectadores é gigantesco, e é exatamente por isto que geralmente estas igrejas se assemelham a auditórios de teatros, pois muitos vão para assistir o “espetáculo do culto”, sendo que deveriam ir à igreja para prestar culto. A verdade é que as atividades ministeriais exercidas nos templos dominicais tendem a não seguir a taxa de crescimento numérico dos membros. Por exemplo, numa igreja com 30 membros uma equipe de louvor com dez pessoas é mais que suficiente; numa igreja com 100 membros os mesmos dez da equipe de louvor também são suficientes; numa igreja com 1000 membros aqueles mesmos dez ministros de louvor continuam suficientes – por isto que megaigrejas geram, naturalmente, espectadores, enquanto deveria gerar trabalhadores (cf. Lc. 10:2).

O outro mito é achar que uma grande igreja tem melhores condições de fazer mais pela sociedade. Tal premissa deveria ser verdade axiomática tendo em vista o número de pessoas envolvidas e os valores financeiros possíveis. Contudo, devido ao alto custo de se manter os mausoléus eclesiásticos que foram construídos e tendo em vista que é caríssimo satisfazer estes requintados cristãos igrejeiros, então, quase sempre as ações se restringem aos da igreja local – estes ainda poderiam argumentar: afinal, não deveríamos nos preocupar primeiro com os de dentro antes de nos preocuparmos com os de fora. Este discurso seria apropriado para um clube social, mas como Igreja fomos chamados a ir mesmo que, e preferencialmente que “nada leveis convosco para o caminho, nem bordões, nem alforje, nem pão, nem dinheiro; nem tenhais duas túnicas” Lc. 9:3. A triste verdade é que algumas igrejas se tornaram uma vila exclusivista, com códigos próprios e reis postos, algo perigosamente semelhante ao proposto pelo filme “A Vila” (2004, distribuído por Buena Vista Pictures). Ah! Usar dinheiro do Governo para fazer obras sociais não ameniza a situação só atenua a ineficácia da igreja como Igreja.

Por que queremos uma igreja grande? Esta pergunta poderia se desdobrar em infindáveis páginas não para desmoralizar igrejas grandes, que por si só não configuram problema algum, mas para questionar o que estamos dispostos a fazer para termos e mantermos nossas igrejas grandes. Para tanto, é valido finalizar este artigo com o desabafo de Ariovaldo Ramos: “...Voltemos às orações e jejuns não como fruto de obrigação ou moeda de troca (...). Voltemos ao amor que agasalha no frio, assiste na dor, dessedenta na sofreguidão, alimenta na fome, que reparte, que não usa o pronome ‘meu’, mas o pronome ‘nosso’ (...). Voltemos a ser servos uns dos outros, aos dons do corpo que correm soltos e dão um tom litúrgico da reunião dos santos. Que o culto seja do povo, e não dos dirigentes! Chega de show! Chega de ministérios megalômanos, onde o povo de Deus é mão de obra ou massa de manobra! (...) Por que a pressão pelo crescimento? Jesus Cristo não ordenou ser uma igreja que cresce, mas um igreja que aparece: ‘assim resplandeça a vossa luz diante dos homens...’ Mt. 5:16. Deixemos o crescimento para o Espírito Santos. (...) Voltemos à escola dos profetas que denunciam a injustiça e apresentam modelos de vida comunitária (...). Quero ser só cristão. Um cristão integral (...), que pratica a missão integral.” (retirado do livro Nossa Igreja Brasileira, Hagnos, 2002, p. 21-23)

Que Deus nos ajude!

De Vinicius O. S. Guimarães - É professor das áreas de teologia e administração, diretor do Seminário Evangélico de Teologia da América Latina
(www.setal.org.br), presidente da Missão Tocando as Nações (www.mtn.org.br) e pastor da Comunidade da Fé (www.cofe.org.br).
Por: Saulo Diniz Ferreira – Goiânia GO

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terça-feira, 4 de janeiro de 2011 | By: Saulo Diniz Ferreira

Tem como sair vivo dessa vida?


"Será que existe vida após o parto?" - Um comercial de não me lembro o que mostrava uma ultra-som,ou ecografia como queiram, de um feto fazendo está pergunta a outro. Bem, a resposta era - "Não sei, ninguém nunca voltou pra contar". Claro, a propaganda era uma piada com a pergunta que assola a humanidade sobre vida após a morte. Quem me conhece de perto sabe que gosto sempre de fazer brincadeiras. principalmente meus alunos, que até me sugeriram tentar a vida como ator de "stand up comedy" caso aulas de física não estejam rendendo bem financeiramente.Fiquei pensando no nome do show, talvez um "a física como ela é", ou "Física pode ser a maior diversão". Por falta de nome legal continuo ministrando aulas para o ensino médio. E como um bom piadista, no mínimo esforçado, uso em momentos oportunos ou não a expressão "Não leve a vida tão a sério, você não vai sair vivo dela mesmo." (Selá) Pausa para pensar, reflita um pouco sobre a frase e faça a você mesmo a pergunta: Será que vou sair vivo desta minha vida?

Falando sério, essa é uma boa pergunta não? As vezes pessoas vivem intensamente cada momento, se entregando as paixões do mundo e desfrutando dos prazeres desta Terra como se depois que baixarem o caixão tudo acabou, afinal estarão mortos. Outros, principalmente os adolescentes, vivem como se jamais fosse chegar o momento de morrer. Mas o que é a morte, em primeiro lugar?

"Mas da árvore do conhecimento do bem e do mal, dela não comerás; porque no dia em que dela comeres, certamente morrerás" Gn 2:17

No dia em que o homem comeu da árvore do conhecimento do bem e do mal ele não morreu fisicamente, ele até tentou se esconder de Deus e cobrir sua nudez com folhas de figueira. Então ele comeu do fruto e não morreu? Morreu sim! O homem se separou de Deus, não estava mais ligado ao criador, e desde de então todos nascemos mortos em nosso próprios pecados. Minha filha de um aninho já faz o que é errado sem ninguém ensinar porque infelizmente o pecado nasceu com ela e com todos nós também. Morrer não é perder o vigor físico até que o corpo pare de funcionar e seja consumido pelas bactérias e se decomponha até voltar a ser pó. Morrer é estar longe de Deus.

Na verdade a seriedade da vida consiste exatamente em conseguir sair vivo dela. Sem Deus realmente estamos mortos e iremos morrer não só de corpo, mas de alma e de espírito. E com Deus através de Jesus conseguiremos então viver eternamente por que "Nele estava a vida" Jo 1:4a Só através de Jesus e do sangue derramado na cruz é que conseguiremos atingir o ponto máximo da vida. A vida eterna. Levar a vida a sério significa viver a vida de Cristo, ou melhor, permitir com que ele viva para nós a nossa própria vida, uma vez que ele já morreu em nosso lugar.Falar como Paulo aos irmãos da igreja em Gálatas: " Assim já não sou eu quem vive,mas Cristo vive em mim"Gl 2:20 .

Então eu faço a pergunta: Será que você vai sair vivo desta vida? Bem, eu vou e te espero na vida eterna comigo, em nome de Jesus.

De: Leco - O que Faria Jesus (um grande amigo)
Por: Saulo Diniz Ferreira – Goiânia GO

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