segunda-feira, 31 de maio de 2010 | By: Saulo Diniz Ferreira

A sã doutrina e a loucura da desordem.


Muito tenho me interessado nesses dias pela compreensão dos princípios eclesiásticos ao mais puro e próximo do propósito de nosso Deus através do plano de salvação no Senhor Jesus e orientado pelo consolador e intercessor de nossas vidas o Espírito Santo. E através de muita leitura e oração, pois não devemos pender na balança da graça somente por um desses objetivos (II Pe 3:18) tenho me livrado das escamas moralistas e religiosas implantadas ao longo dos anos em minha caminhada que antes se fundamentava em estratégias “psicossociais” dentro do evangelicalísmo moderno que inflexíveis abusam nos detalhes e criam desordem doutrinária.

Paul Washer na 10º acusação em Dez acusações contra a igreja moderna diz:

“As pessoas com quem eu converso na igreja são todos ligados a fábulas profanas e sociologia, e isto, e aquilo, e qualquer outra coisa, cada qual o que acha mais reto e não conseguem me dar sequer um versículo bíblico”.

Sendo assim, como se deu a doutrina da igreja? O quê faz de mim um ‘evangélico’? Estou no lugar certo ou haverá uma igreja onde posso me orientar melhor no propósito da sã doutrina? Diante de varias perguntas podemos obter respostas distintas e cada uma delas embaladas no pacote doutrinário que nos é entregue ao iniciar a caminhada em alguma instituição cristã, mas o que os pensadores martirizados e perseguidos nos documentaram, sendo eles em várias ocasiões em tempos remotos os que se dedicaram ao comprometimento da inspiração e inerrância das escrituras, apegados na doutrina de que Deus é soberano sobre todas as coisas e todas as mentes, que o homem não cristão é injusta à única forma de salvação, que o crente (não somente “evangélico”, no pejorativo da palavra, mas o seguidor do Caminho estreito em busca da porta estreita Mt 7:13-14) possui a vida eterna e será recebido no céu.

Guido de Brès ou Guy de Bray (1522-1567), pastor e teólogo da igreja reformada Holandesa, foi martirizado em 1567 e foi o autor da Confissão de Fé Belga, que é uma confissão de fé reformada e é utilizada por diversas igrejas para citações de suas doutrinas (digo doutrinas não estratégias congregacionais) e dividida em 37 capítulos, tratando de doutrinas a respeito de Deus (1-2, 8-13), Escrituras (3-7), homem (14), pecado (15), Cristo (18-21), salvação (16-17, 22-26),Igreja (ao contexto de seu século (27-36), e fim dos tempos (37). Cada capítulo contém numerosas referências escriturísticas. Ela sustenta com firmeza convicções distintamente protestantes e reformadas, tais como a autoridade única das Escrituras, a plena suficiência do sacrifício expiatório e da intercessão de Cristo, a natureza das boas obras e os dois sacramentos (Batismo e Ceia). Entre os temas especificamente reformados estão a soberania e graça de Deus, a eleição, a santificação e as boas obras, a lei de Deus, o governo da igreja e a Ceia do Senhor.

Outro documento composto na perspectiva de acabar com a manipulação doutrinária foi o O Breve Catecismo de Westminster e que foi formulado por teólogos ingleses e escoceses da Assembléia de Westminster, no séc. XVII. É um catecismo resumido, de orientação calvinista, composto de 107 questões. Junto da Confissão de Fé de Westminster e do Catecismo Maior de Westminster, compõe os símbolos de fé das igrejas presbiterianas ao redor do mundo. Originalmente elaborado para o uso com crianças, revela contudo, um conteúdo de grande valor, aplicável a adultos.

Nessa mesma linha sobre Catecismos doutrinários que cita o caminho para o mais próximo de seguir argumentos e orientações da fé está o chamado Catecismo de Heidelberg e que é um documento protestante que se apresenta na forma de uma série de perguntas e respostas, utilizadas nas igrejas reformadas, contou com a colaboração de Zacarias Baer ou Ursinus (1534-1583) nascido na Polônia e com Kaspar von Olewig ou Olevianus (1536-1587) nascido em Treves, na fronteira de Luxemburgo. O catecismo foi publicado inicialmente sob o título Catecismo ou Instrução Cristã como tem sido transmitida nas Igrejas e Escolas do Palatinado Eleitoral. Foram evitadas questões controvertidas quanto à Ceia do Senhor e o conceito calvinista da predestinação foi apresentado de uma forma mais moderada.
Outro documento que não poderia deixar de ser citado é chamado de Os Cânones de Dort, ou cânones de Dordrech, intitulados formalmente como A Decisão do Sínodo de Dort sobre os Cinco Pontos Principais de Doutrina em Disputa na Holanda, são o resultado do sínodo nacional acontecido na cidade holandesa de Dordrech, em 1618/19. A doutrina expressa nos cânones de Dort é também conhecida como os Cinco pontos do calvinismo.

Então, concluindo muito poderiam dizer “Saulo, sua linha de busca e confiança baseia-se tanto na reforma protestante que você me parece um ‘calvinista’ alienado ou um sensacionalista revolucionário querendo reinventar a roda”, mas queridos leitores irmãos em Cristo... Longe de mim permitir novamente a manipulação de minha fé por aqueles que o Apostolo Paulo desmascarou ao escrever as epistolas pastorais (I e II Timótio, Tito e filemom) e nas mesmas epistolas orientou ordenados e candidatos a tal com a benção de Deus dono de todo o chamado para nossas vidas. O interessante também é que parece haver uma descendência resistente de tais profanadores das intenções do projeto de salvação do Pai, através de Seu Filho buscando a liberdade para dar lugar a carne (Gálatas 5:13).

Sem mais delongas, deixo minha orientação nesse texto esclarecendo que há um mistério para ser desvendado na palavra de nosso senhor, e o que nos for revelado deverá ser cumprido e muito acima disso ensinado a nossos filhos (Dt 19:19), mas irmãos meus e amados que talvez ainda não enxergaram que nem tudo que o homem prega e te dirige como “doutrina eclesiástica” é realmente aquilo que foi de vontade de nosso Deus par a congregação e assembléia de seus santos (Tiago 1:25).

No mais, busque a sã doutrina e cuidado com os loucos lobos que querem te deixar mais escravo da religião do que livre em Cristo.

Nele que é o consumador de nossa fé e que disse “Examinais as Escrituras, porque julgais ter nelas a vida eterna, e são elas mesmas que testificam de mim” (Jo 5.39).

Saulo Diniz Ferreira – Brasília DF

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3 comentários:

Unknown disse...

Paz do Senhor Jesus!

Glórias a Deus por sua vida irmão!
É bom saber que existem irmãos que buscam a sã doutrina conforme a vontade do Pai!

Irmão, gostaria de fazer uma ressalva sobre uma colocação,
vc disse que "há um mistério para ser desvendado na palavra de nosso senhor, e o que nos for revelado deverá ser cumprido e muito acima disso ensinado a nossos filhos"
Realmente a palavra de Deus não se estuda, como vemos pelo mundo afora, Deus se revela através da Palavra aos pequeninos (que têm o coração temente a Deus) e temos que ensinar nossos filhos no Caminho; porém na Palavra só a menção a Um Mistério, porém esse mistério "esteve" oculto, mas hoje já foi revelado aos Santos (nós), Cristo Jesus, esperança da Glória!!!
No que se refere à revelações, existem muitas sim que ainda hão de ser reveladas, porém não são mistérios.
Gostaria de deixar meu email, será muito bom fazer contatos com irmãos que crêem no verdadeiro Evangelho de Cristo, buscando os seus princípios (Hebreus 6) sem misturas, sem a banalização que Paulo mostrou aos galácios.

Graça e paz da parte de Deus e do Senhor Jesus Cristo!!

Davi Rodrigo (davirodrigo@oi.com.br)

Unknown disse...

perdoe-me irmao sinceramente,fiquei cansado de tanto ler, tanta letra e nada aprendi de concreto e nenhum impulso para bucar o caminho.
Busquei no Google sã-doutria e caí aqui.
Procuro atalhos, pois o caminho ensinado por Paulo é longo...Mas acho que vou ter que percorrê-lo. Grato pela ajuda.

Souzaedna disse...

Êxodo 20
Então falou Deus todas estas palavras, dizendo:
Eu sou o SENHOR teu Deus, que te tirei da terra do Egito, da casa da servidão.
Não terás outros deuses diante de mim.
Não farás para ti imagem de escultura, nem alguma semelhança do que há em cima nos céus, nem em baixo na terra, nem nas águas debaixo da terra.
Não te encurvarás a elas nem as servirás; porque eu, o SENHOR teu Deus, sou Deus zeloso, que visito a iniqüidade dos pais nos filhos, até a terceira e quarta geração daqueles que me odeiam.
E faço misericórdia a milhares dos que me amam e aos que guardam os meus mandamentos.
Não tomarás o nome do SENHOR teu Deus em vão; porque o SENHOR não terá por inocente o que tomar o seu nome em vão.
Lembra-te do dia do sábado, para o santificar.
Seis dias trabalharás, e farás toda a tua obra.
Mas o sétimo dia é o sábado do SENHOR teu Deus; não farás nenhuma obra, nem tu, nem teu filho, nem tua filha, nem o teu servo, nem a tua serva, nem o teu animal, nem o teu estrangeiro, que está dentro das tuas portas.
Porque em seis dias fez o SENHOR os céus e a terra, o mar e tudo que neles há, e ao sétimo dia descansou; portanto abençoou o SENHOR o dia do sábado, e o santificou.
Honra a teu pai e a tua mãe, para que se prolonguem os teus dias na terra que o SENHOR teu Deus te dá.
Não matarás.
Não adulterarás.
Não furtarás.
Não dirás falso testemunho contra o teu próximo.
Não cobiçarás a casa do teu próximo, não cobiçarás a mulher do teu próximo, nem o seu servo, nem a sua serva, nem o seu boi, nem o seu jumento, nem coisa alguma do teu próximo.
E todo o povo viu os trovões e os relâmpagos, e o sonido da buzina, e o monte fumegando; e o povo, vendo isso retirou-se e pôs-se de longe.
E disseram a Moisés: Fala tu conosco, e ouviremos: e não fale Deus conosco, para que não morramos.
E disse Moisés ao povo: Não temais, Deus veio para vos provar, e para que o seu temor esteja diante de vós, afim de que não pequeis.
E o povo estava em pé de longe. Moisés, porém, se chegou à escuridão, onde Deus estava.
Então disse o SENHOR a Moisés: Assim dirás aos filhos de Israel: Vós tendes visto que, dos céus, eu falei convosco.
Não fareis outros deuses comigo; deuses de prata ou deuses de ouro não fareis para vós.
Um altar de terra me farás, e sobre ele sacrificarás os teus holocaustos, e as tuas ofertas pacíficas, as tuas ovelhas, e as tuas vacas; em todo o lugar, onde eu fizer celebrar a memória do meu nome, virei a ti e te abençoarei.
E se me fizeres um altar de pedras, não o farás de pedras lavradas; se sobre ele levantares o teu buril, profaná-lo-ás.
Também não subirás ao meu altar por degraus, para que a tua nudez não seja descoberta diante deles.

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